Análise: Rumores sobre desistência de ACM Neto expõem fragilidades e riscos para oposição na Bahia

  • 27/04/2016
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Análise: Rumores sobre desistência de ACM Neto expõem fragilidades e riscos para oposição na Bahia

Análise: Rumores sobre desistência de ACM Neto expõem fragilidades e riscos para oposição na Bahia

Os rumores de que ACM Neto (União Brasil) poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026 não apenas geram desconforto interno, como também expõem fragilidades estruturais da oposição no estado. Embora aliados próximos tratem a hipótese com ceticismo, a simples circulação dessa possibilidade já provoca movimentações estratégicas entre adversários e dentro do próprio grupo político do ex-prefeito.

Segundo apuração do Bahia Notícias, Neto tem se mostrado incomodado com a pressão de aliados para assumir compromissos eleitorais com muita antecedência, o que estaria desgastando sua articulação interna. Essa tensão se soma a um cenário mais amplo de perda de apoio político: levantamento do Panorama da Bahia aponta que ao menos 30 prefeitos que o apoiaram em 2022 migraram para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).

Perda de musculatura e isolamento político

A debandada de prefeitos e lideranças municipais enfraquece a capilaridade da oposição no interior, um dos pontos que Neto precisaria reforçar para enfrentar o governador em 2026. Além disso, como revelou o A Tarde, o ex-prefeito enfrenta dificuldades para montar a chapa majoritária: nomes cogitados para vice ou Senado, como José Ronaldo (União), Zé Cocá (PP) e Sheila Lemos (União), já sinalizaram resistência ou afastamento.

Esse isolamento político é agravado por outro fator: a crescente rejeição ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), apontada pelo portal Minha Bahia como um risco direto para o desempenho de Neto na capital — reduto eleitoral decisivo para qualquer projeto estadual.

Risco de repetição de 2018

A lembrança de 2018, quando ACM Neto desistiu de disputar o governo e indicou José Ronaldo para enfrentar Rui Costa (PT), ainda preocupa aliados. Para parte do grupo, uma nova retirada poderia “matar politicamente” o ex-prefeito, abrindo espaço para que Jerônimo Rodrigues consolide ainda mais sua base e reduza a competitividade da oposição.

Cenário para 2026

Se mantiver a pré-candidatura, Neto terá de reconstruir pontes com prefeitos, atrair partidos que hoje flertam com o governo e definir uma chapa competitiva. Caso desista, a oposição enfrentará o desafio de encontrar um nome viável em um prazo curto, correndo o risco de repetir o desempenho abaixo do esperado de 2022.

Em qualquer dos cenários, a pressão interna e a perda de aliados indicam que a disputa pelo Palácio de Ondina em 2026 será mais difícil para a oposição do que foi há quatro anos.


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